À espera da taça: Santa Cruz começa a decidir título do Nordestão contra o Campinense

Na sala de troféus, a história do Santa Cruz é contada em taças. São 1.700 peças catalogadas – 880 delas digitalizadas. Tudo organizado sob a supervisão da enciclopédia viva da memória tricolor: Dirceu Paiva, 85 anos. Fundador do espaço, é dele a missão de distribuir o lugar de cada objeto. Por ordem de importância, de carinho, de interesse da torcida. Os maiores títulos em destaque. Sempre com lugar para novos “filhos”. Aguardada com ansiedade, a inédita taça de campeão da Copa do Nordeste já tem o seu canto de destaque: bem na entrada da sala. Para tanto, um detalhe importante: o Campinense.

O Santa Cruz recebe o adversário paraibano às 21h45 de hoje, no Arruda, para uma disputa que só acabará no domingo (quando as duas equipes voltam a se enfrentar em Campina Grande). Até o meio-dia de ontem, mais de 20 mil ingressos haviam sido vendidos – 50 mil foram postos à veda. É a primeira vez na história que o “Terror do Nordeste”, de fato, disputa uma final de Nordestão. A alcunha, lançada na música de Capiba, em 1957, tinha o Tricolor como o “terror” da região em um contexto diferente.

“Na época, viajar para fora do estado não era algo tão simples como hoje. Mas o Santa Cruz já tinha conseguido algumas façanhas, como ser o primeiro time do Nordeste a vencer uma equipe do Sudeste, vencendo o Botafogo, em 1919”, recorda Dirceu, apontando o troféu com orgulho.

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