Correndo o risco de afundar, a cidade Kiruna da Sucécia, corre sérios riscos de afundar. Isso devido a maior mina de ferro do mundo estar localizada nesta cidade. A terra já tem apresentado sinais de alerta como rachaduras.
“Apesar de as escavações se encontrarem a 1km da superfície, a terra está rachando, o que significa que tudo deve ser eliminado”, disse à BBC Mundo Göran Cars, chefe do projeto de realocação e professor de planejamento urbanístico do Instituto Real de Tecnologia de Estocolmo.
O lugar da nova cidade será 2km a leste de onde ela está agora. A estimativa é que custe US$ 3,38 bilhões (R$ 11,5 bilhões).
Talvez o passo mais difícil a dar tenha sido o primeiro: falar com as pessoas afetadas e buscar um consenso de como fazer as coisas.
“Isso é algo que, agora, pode ser projetado de forma muito melhor”, explica Cars. “No passado havia uma tubulação para cada coisa, agora temos um túnel muito grande por onde passam os sistema de água potável, eletricidade, água quente, resíduos, fibra ótica.”
Talvez o mais surpreendente deste projeto é que, apesar de estar sendo coordenado pela prefeitura, o governo local não está colocando nem um centavo.
Cabe à mineradora cobrir a maior parte dos gastos, e ela está colocando US$ 2,25 bilhões, enquanto indústrias do setor privado entram com outro US$ 1,1 bilhão.
No início do projeto, os especialistas estimaram que as rachaduras no subsolo fariam com que, por volta de 2050, toda a cidade afundasse. Por isso, trabalha-se para que toda a cidade esteja no novo local até 2040.
“Não queríamos ficar com uma cidade fantasma ou um terreno de escombros”, conclui Cars.