Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cheque especial avançaram em junho, segundo números divuglados nesta quarta-feira (27) pelo Banco Central. No entanto, no caso do cartão de crédito, a taxa recuou.
No cheque especial, os juros subiram de 311,5% em maio para 315,7% ao ano em junho – a maior taxa desde o início da série histórica, em julho de 1994, ou seja, em quase 22 anos.
Nos primeiros seis meses do ano, a taxa subiu 28,7 pontos percentuais e, em 12 meses até junho, 74,4 pontos percentuais.
Se a taxa de juros é alta para o cheque especial, ela pode ser considerada proibitiva para o cartão de crédito rotativo. Segundo o Banco Central, os juros médios cobrados pelos bancos nestas operações ficaram em 470,9% ao ano em junho, contra 471,5% ao ano em maio.
No acumulado do semestre, houve um aumento de 39,5 pontos percentuais nos juros do cartão de crédito rotativo e, em 12 meses até maio, uma alta de expressivos 99,4 pontos percentuais.
Os juros do cartão de crédito rotativo e do cheque especial estão entre os mais altos do mercado. Esses empréstimos, alertam os especialistas, só devem ser utilizados em momentos de emergência e por um prazo curto. A recomendação de economistas é que os clientes bancários paguem toda a sua fatura do cartão no vencimento, não deixando saldo devedor.
Fonte: BCB