Por Hugo Santiago
Uma semifinal com a carga pesada da Copa do Nordeste em 2015.
A presença de Ceará, Sport, Bahia e Vitória reacende automaticamente a discussão sobre quais seriam os maiores times da região. E, acredite, mensurar o topo do futebol nordestino não é tão simples. Afinal, cada torcida enumera apenas os seus feitos, claro. As conquistas nacionais de Bahia e Sport, a supremacia regional do Vitória, a regularidade do Ceará, a torcida e o estádio do Santa Cruz, as finais nacionais de Fortaleza e Náutico…
Para tentar chegar a uma conclusão, deve-se levar em conta títulos, desempenho em grandes competições, história, tamanho da torcida, presença nos estádios, infraestrutura, ídolos etc. Uma verdadeira equação.
Na reta final do Nordestão deste ano, então, temos os três maiores clubes (ex-integrantes do Clube dos 13), Bahia, Sport e Vitória, e um postulante ao mesmo status, fechando o G4. Concorda com o trio? Qual seria a quarta força?
Abaixo, um resumo dos sete times mais tradicionais da região. Sobre os pontos positivos de cada um, eis algumas observações:
1) No tamanho das torcidas o dado aplicado foi o do último estudo nacional, realizado em 2014 pelo Ibope. Já na rede social (Facebook), março de 2015.
2) Em relação à quantidade de participações na Série A, foi levada em consideração o sistema de acesso e descenso, implantado em 1988. Entre parênteses a soma de Taça Brasil, Torneio Roberto Gomes Pedrosa e Campeonato Brasileiro de 1959 a 2015.
Bahia – 2 títulos nacionais em 4 finais de elite (5 semifinais), 2 títulos regionais, 3.4 milhões de torcedores (931 mil na rede social), 3 participações na Libertadores e 3 na Sul-Americana, 3 anos com a maior média de público do Brasileirão e 18 presenças na Série A pós-1988 (44 no geral).
Ceará – 1 final nacional de elite (4 semifinais), 1 título interregional, 1.6 milhão de torcedores (503 mil na rede social), 1 participação na Sul-Americana e 1 na Copa Conmebol e 3 presenças na Série A pós-1988 (21 no geral).
Fortaleza – 2 finais nacionais de elite (2 semifinais), 1 título interregional, 769 mil torcedores (416 mil na rede social) e 4 presenças na Série A pós-1988 (20 no geral).
Náutico – 1 final nacional de elite (6 semifinais), 488 mil torcedores (157 mil na rede social), 1 participação na Libertadores e 1 na Sul-Americana, estádio com 20 mil lugares e 11 presenças na Série A pós-88 (34 no geral).
Santa Cruz – 2 semifinais nacionais de elite, 2 milhões de torcedores (232 mil na rede social), maior estádio particular da região (60 mil lugares), 1 ano com a maior média geral de público no Brasileiro e 5 presenças na Série A pós-1988 (23 no geral).
Sport – 2 títulos nacionais em 4 finais de elite (7 semifinais), 3 títulos regionais e 1 interregional, 2.4 milhões de torcedores (831 mil na rede social), estádio com 34 mil lugares, 2 participações na Libertadores e 2 na Sul-Americana, 1 ano com a maior média de público do Brasileiro e 19 presenças na Série A pós-88 (37 no geral).
Vitória – 2 finais nacionais de elite (4 semifinais), 4 títulos regionais, 2.6 milhões de torcedores (190 mil na rede social), 4 participações na Sul-Americana e 2 na Copa Conmebol, estádio com 35 mil lugares e 21 presenças na Série A pós-88 (36 no geral).
Outras curiosidades:
1) Exceção feita ao Santa Cruz, todos possuem centro de treinamento.
2) Náutico (Nado, 1966) e Santa (Nunes, 1978) já tiveram jogadores pré-convocados à Seleção Brasileira para disputar a Copa do Mundo.
3) Bahia (1959/Léo e 1990/Charles), Fortaleza (1960/Bececê), Náutico (Bita/1966) e Santa (1973/Ramón) já tiveram artilheiros do Brasileirão.
4) Sport e Ceará são os únicos que nunca disputaram as Séries C ou D.
5) Quem mais jogou em cada clube: Santa Cruz (Givanildo, 599), Sport (Bria, 563), Bahia (Baiaco, 448), Fortaleza (Dude, 402), Náutico (Kuki, 386), Vitória (Flávio, 323) e Ceará (Michel, 283).
Com informações do SuperEsportes.