Estudantes e professores protestam contra reforma na educação da Itália

Estudantes e professores protestam contra reforma na educação da Itália

Professores e estudantes em várias partes da Itália fazem nesta terça-feira (5) uma série de protestos contra as reformas educacionais propostas pelo primeiro-ministro diz Matteo Renzi. O premiê considera as mudanças fundamentais para melhorar a qualidade das escolas do país, mas os críticos acham as reformas injustas.

O plano de Renzi chamado “A boa escola” inclui a contratação de 100 mil professores com contratos permanentes – muitos deles atuais trabalhadores em tempo parcial – e oferecendo aumentos salariais com base no mérito, em vez do tempo de profissão.

Estudante escreve na barriga mensagem de protesto (Foto: Gregorio Borgia/AP)Estudante escreve na barriga mensagem de protesto (Foto: Gregorio Borgia/AP)

Mas os manifestantes disseram que o plano deixa escolas sub-financiadas, dá vantagenspara escolas particulares e não seria suficiente para corrigir os problemas fundamentais de um sistema de educação frequentemente acusado de contribuir para o enfraquecimento da economia da Itália.

A Itália gasta menos do seu PIB em educação do que todos os seus principais pares na zona do euro, segundo o Eurostat, e a taxa de abandono é das mais elevadas na Europa. Renzi disse em seu discurso que a taxa de desemprego entre os jovens, de 43%, é um sinal de que “o sistema educativo deve mudar”.

A ministra da Educação da Itália, Stefania Giannini, afirmou que os manifestantes não entenderam o teor da reforma proposta. “Nós respeitamos as greves, mas estamos intrigados com as suas razões”, ela escreveu no Twitter. “Com boas escolas, vamos voltar a investir na educação.”