A aviação síria bombardeou nesta segunda-feira (25) de maneira intensa a cidade de Palmira, no centro do país, tomada na quinta-feira (21) passada pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), e matou pelo menos quatro civis, informou uma ONG.
“A partir da manhã, a aviação do regime executou 15 ataques contra Palmira e seus subúrbios. São os bombardeios mais intensos desde que (os jihadistas) tomaram a cidade”, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
“Pelo menos quatro civis morreram e dezenas de pessoas ficaram feridas. Com certeza também aconteceram mortes entre os jihadistas do Daesh (acrônimo em árabe do Estado Islâmico) durante o bombardeio do edifício de segurança militar”, completa o comunicado da ONG.
Os bombardeios atingiram vários pontos da cidade, conhecida em árabe com o nome de Tadmor, principalmente nas áreas do hospital público e na zona próxima ao perímetro das ruínas romanas.
“As operações militares, incluindo bombardeios aéreos, continuam no perímetro da localidade de Al Sakhneh, de Tadmor, dos campos de Al Hel e Arak e em todas as estradas que levam a Tadmor. Perseguiremos o Daesh onde quer que esteja”, afirmou a fonte à AFP.
Combatentes do Estado Islâmico assassinaram pelo menos 400 pessoas na cidade de Palmira, a maioria mulheres e crianças, afirmou neste domingo (24) a rede de televisão estatal síria.
Ativistas afirmara em redes sociais que centenas de corpos estavam nas ruas.
“Os terroristas mataram mais de 400 pessoas… mutilaram os corpos com a justificativa de que eles cooperavam com o governo e não seguiam as ordens”, afirmou a rede estatal de notícias da Síria.
Alguns dos mortos eram funcionários do governo, incluindo a chefe da enfermaria do hospital e membros de sua família.
Membros do grupo extremista radical postaram vídeos na internet mostrando combatetens entrando de porta em porta de prédios do governo, procurando por soldados e destruindo fotos do presidente Bashar Al-Assad.
Patrimônio
A cidade de Palmira é famosa por suas colunas romanas, templos e torres funerárias, vestígios de um brilhante passado. Situada 210 km ao nordeste de Damasco, a “pérola do deserto”, considerada patrimônio mundial da humanidade pela Unesco, é um oásis que viu seu nome aparecer pela primeira há 4.000 anos e foi um local de trânsito das caravanas entre o Golfo e o Mediterrâneo, assim como uma etapa na Rota da Seda.