Se do lado esportivo, a derrota para o Flamengo custou ao Náutico a desclassificação da Copa do Brasil, financeiramente, a equipe alvirrubra deixou de faturar R$ 690 mil como prêmio referente a participação na quarta fase da competição. No entanto, apesar de reconhecer que a cota seria muito bem vinda, o vice-presidente de futebol do clube, José Barbosa, garantiu que o planejamento do Náutico para o restante da Série B não será afetado com a perda dessa quantia. Por sinal, segundo o dirigente, nesta quarta-feira foram pagos os salários do mês de junho aos atletas, bem como o bicho pelas vitórias sobre Oeste e Santa Cruz pelo Brasileiro.
“Não podíamos contar com esse dinheiro até porque sabíamos que dependia de um jogo muito difícil contra o Flamengo. Seria um valor substancial, que iria nos ajudar bastante, mas esses R$ 690 mil não estavam no nosso orçamento. Seria um dinheiro extra, que daria uma aliviada grande, mas não contávamos com ele como receita”, destacou o cartola. “Esse dinheiro também não seria usado em contratações. Mas ajudaria em outras despesas do clube. Hoje, o Náutico está em dia com seus atletas”, completou.
O mesmo pensamento tem o técnico Lisca. Para o treinador, a cota pelo avanço na Copa do Brasil sempre foi tratado pelo grupo como consequência, nunca como meta principal. “Não podíamos pensar nesse dinheiro. Até porque o Náutico não chega a quarta fase da Copa do Brasil há muito tempo. Seria um plus legal, mas nós nunca poderíamos colocar isso na frente. Ele não era a causa, era a consequência. Até porque no futebol a vitória não é caso de certeza”, destacou.
“Sem dúvida nenhuma todos queriam esse dinheiro. No futebol brasileiro do jeito que é hoje, com a crise dos clubes, todo dinheiro extra é bem vindo. Daria um alívio financeiro, mas infelizmente não conseguimos”, completou o volante William Magrão.