A partir da reunião, foram traçadas novas demandas para assegurar o crescimento do projeto, que tem 80% da sua mão de obra formada por pernambucanos. Ketter e os executivos da montadora também apresentaram os avanços na concepção do Centro de Pesquisa que será implantado na Fábrica Tacaruna, no Recife. A empresa já está planejando a divulgação do programa e todos os detalhes serão apresentados dentro de alguns meses.
“Eles querem divulgar as etapas desse projeto, com prazos e quantas pessoas vão trabalhar. O Governo do Estado já se comprometeu a ceder aquela área. Agora é só finalizar o processo legal. Fizemos uma reunião de acompanhamento do projeto, a avaliação geral das ações da empresa. A fábrica já é uma realidade, mas algumas coisas do projeto nós estaremos sempre cuidando”, explicou Paulo Câmara.
Além de ceder o terreno para a implantação do centro de pesquisa, o governador garantiu ainda uma rota alternativa para o escoamento de mercadorias. Paulo Câmara detalhou que o projeto do estado, que visa diminuir o fluxo de veículos em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), avançou, e que a nova rodovia de 14 quilômetros será uma concessão no valor de R$ 150 milhões.
“Nós fazemos o monitoramento sobre os acessos que viabilizam o escoamento dos carros. Por isso, estamos fazendo rodovias para desviar o fluxo da BR-101, enquanto o Arco Metropolitano, um projeto da União, não vem”, informou o governador, salientando que o lançamento da licitação será feito ainda este ano, assim que forem finalizados os trâmites.
Os números apresentados pela Fiat Chrysler Automobiles indicam que o projeto pernambucano é promissor e estável. A aprovação positiva do Jeep Renegade no mercado é um diferencial para a empresa. O veículo, que é produzido por trabalhadores locais, foi eleito o mais seguro da categoria. O Polo Automotivo Jeep de Goiana faz parte da estratégia global de expansão da FCA. A planta, que é a mais moderna da marca, pode produzir 250 mil veículos por ano.
“A reunião foi muito positiva, levando em conta a dimensão do projeto e de tudo que já foi feito para torná-lo realidade. É óbvio que o momento econômico brasileiro preocupa. O Brasil tinha uma ideia de produzir cerca de R$ 4 bilhões de veículos e esse número caiu pela metade, uma queda grande. Mas o projeto da Fiat é de longo prazo. Em meio aos atuais desafios, a montadora mantém a produção de 100 mil veículos até o fim do ano”, argumentou Paulo Câmara.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Thiago Norões, também participou da reunião. Do grupo Fiat estavam presentes, além de Stefan Ketter, o diretor de Qualidade, Antônio Sérgio, o gerente de Desenvolvimento de Negócios, Eduardo Vasconcelos, o diretor Jurídico, Márcio Lima, e o diretor de Recursos Humanos, Adauto Duarte.