Funcionários da Companhia de Saneamento de Pernambuco (Compesa) foram recebidos na Casa Civil por volta das 12h desta segunda-feira (10). Um representante do governo recebeu uma carta de reivindicações destinada ao governador Paulo Câmara. Não foi estabelecido nenhum prazo para a resposta e a categoria segue em greve por tempo indeterminado. De acordo nota enviada à imprensa pela Casa Civil, “o documento será entregue aos órgãos do Governo com competência para avaliar os pleitos”.
Os servidores pedem um aumento de 13,28% no salário e que o valor retroativo do mês de maio seja pago ainda neste ano. Diferenças salariais, como horas extras, também estão na pauta. Mais cedo, cerca de 700 manifestantes partiram da Avenida Cruz Cabugá em direção ao Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio.
Segundo o sindicato, a decisão da greve só foi aprovada após várias tentativas de negociação. Os representantes informaram que foram realizadas dez rodadas, sendo cinco audiências no Ministério Público do Trabalho de Pernambuco (MPT), onde a Compesa apresentou uma proposta de reajuste com a reposição de inflação, de 8,34%, dividido em duas parcelas.
Os funcionários estão em greve desde o sábado (8), por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada na terça-feira (4), após a realização de quatro assembleias no Recife, em Carpina, Caruaru e Petrolina.
A Compesa informou, por meio de nota, que “espera que os serviços essenciais sejam mantidos pelos trabalhadores”, pontuando que adotará “todas as medidas cabíveis para garantir a continuidade dos serviços prestados pela empresa”.
Confira os serviços que não serão afetados
Segundo o Sindicato de Base Urbanitário, os serviços essenciais a população, como a abastecimento de água, não será comprometido. A captação e a distribuição de água, por serem serviços considerados essenciais, não vão parar. Já reparos de vazamentos e de esgoto, que são coordenador pelos funcionários da Companhia, não devem acontecer.