Se não foi a pior – o torcedor pode aproveitar os comentários para citar qual – o Sport fez uma de suas atuações mais apagadas em 2015 nesta quarta-feira (19). E, por isso, a derrota por 1×0 para o Bahia, na Arena Fonte Nova, pode até ser vista como lucro, já que a partida valeu pela Copa Sul-Americana. Como é mata-mata, os rubro-negros precisam de dois gols de vantagem para avançar. Se devolver o 1×0 ainda terá a disputa por pênaltis. O segundo jogo será daqui a uma semana (26), na Ilha do Retiro. Qualquer empate classifica o time baiano.
Enquanto todos esperavam por Régis Eduardo Baptista optou por outra formação. Élber veio para o meio e Maikon Leite já entrou de frente. Para completar, a dupla de volantes ficou com Ronaldo e Wendel. Na prática, Marlone e Élber trocavam de posição constantemente. Mas nada disso funcionou pela postura agressiva da marcação baiana e a incapacidade do Sport em solucionar o problema.
O time da casa adiantou as três linhas e pressionava a marcação já nos zagueiros. Nem mesmo o recuo de um dos volantes leoninos ajudou. A bola do Sport chegava ao campo ofensivo apenas pelo alto, normalmente em lançamentos de Durval. Os pernambucanos só conseguiram coordenar a primeira jogada pelo chão aos 19 minutos, quando Marlone cruzou rasteiro e ganhou um escanteio. Por sua vez o Tricolor de Aço também errava. O último passe não chegava ao atacante, tanto que Magrão jogou mais com os pés – vitimado pela dificuldade de seus jogadores de linha saírem trocando passes – do que com as mãos.
De tanto rondar o gol, o Bahia conseguiu chegar aos 24 minutos, sempre usando a pressão na saída. Samuel Xavier falhou e a bola ficou com Maxi Biancucchi, que pegou a zaga rubro-negra saindo. Ele passou por Magrão e chutou forte para fazer 1×0. Nem o prejuízo fez o time da Ilha tentar alguma coisa. Pelo contrário, o Bahia alugou os 25 metros finais do campo e rondou o gol de Magrão até o apito final. Com um pouco mais de qualidade teria ampliado a vantagem. A superioridade foi tamanha que num chute de Souza dentro da área aos 35 quem fez o papel de zagueiro leonino foi o lateral baiano Hayner, que passava pela pequena área no momento.
O desmantelado meio de campo do Sport voltou para o segundo tempo com a mesma distribuição – ou a falta dela, se preferirem. Mudaram apenas as peças. Agora o papel de meia seria interpretado por André. Novamente a bola rubro-negra parecia bater numa parede cinza – era a camisa do Bahia – e voltar de tão difícil que era acertar um passe. O que se pôde apresentar de melhor foi a defesa, já que os laterais ficaram mais presos. O bombardeio dos dez minutos finais do primeiro tempo não aconteceu.
Enquanto o Sport corria de um lado para o outro sem, aparentemente, saber o que fazer, a torcida cornetava no twitter clamando pelo meia Régis. A força do pensamento foi tão forte que o técnico Eduardo Baptista finalmente acionou o camisa 10. Ele entrou no lugar de Hernane e ’empurrou’ André para o lugar do centroavante.