Com informações de João Souza
Funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal decidiram encerrar a greve em Pernambuco após assembleia realizada na noite desta terça-feira (27). As atividades bancárias devem voltar ao normal nesta quarta (28).Já os funcionários do Banco do Nordeste vão manter a paralisação, que já dura 22 dias.
A reunião foi realizada na sede do sindicato da categoria, localizado no bairro da Boa Vista, área central do Recife, onde parte dos bancos aceitou a proposta de reajuste salarial de 10% oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenabam). A greve terminou na maioria das agências do país.
A assessoria de comunicação do sindicato informou que, apesar da proposta de reajuste salarial de 10%, funcionários do Banco do Nordeste continuam de braços cruzados por questões específicas como contratações, fundo de pensão, plano de saúde e outras reivindicações.
Na segunda (26), os bancos do setor privado em Pernambuco já haviam decidido encerrar o movimento. As agências abriram normalmente na terça e não foram registradas filas nas unidades do Centro do Recife.
Durante a paralisação, o sindicato calculou que quase 90% das agências tiveram o atendimento comprometido em Pernambuco. Clientes chegaram a reclamar da falta de dinheiro nos caixas eletrônicos.
Reajuste salarial de 10%
A última proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenabam) ofereceu reajuste salarial de 10%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os bancos aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, após a volta ao trabalho, os bancários irão compensar, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.
Inicialmente, os bancos ofereceram um reajuste de 5,5%, enquanto os bancários reinvindicavam uma correção de 16% nos salários. Em 12 meses, até setembro, a inflação acumulada chegou a 9,77%, segundo o IPCA-15, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).