Encomendado pelo Governo do Estado de Pernambuco, um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), sobre o contrato de concessão com a Arena Pernambuco, mostrou que o acordo precisa ser revisado ou rescindido. O resultado da análise foi anunciado nesta terça-feira, através de uma nota da assessoria de imprensa do governo.
De acordo com a FGV, a rescisão ou revisão do contrato entre Arena Pernambuco e Governo do Estado se dá, entre outros motivos, pelo fato da não confirmação da expectativa de receita que balizou sua celebração.
Em nota, o Governo do Estado deixou claro que irá marcar um encontro com os representantes da Arena Pernambuco para que eles façam suas considerações sobre o estudo. Não está descartada uma reunião das duas partes com membros da FGV para maiores esclarecimentos e complementações.
Ainda de acordo com o Governo, as decisões tomadas depois de todas essas reuniões serão repassadas para a população pernambucana. A expectativa é de que isso aconteça ainda em janeiro de 2016.
O contrato entre a Arena Pernambuco e o Governo do Estado vai até 2043 e nele está previsto que o o Estado banque o processo de operação do estádio em caso de não obtenção de lucros com os eventos realizados no local. Como até agora apenas o Náutico manda todos os seus jogos para o estádio e Santa Cruz e Sport atuam apenas em partidas esporádicas, as contas não estão batendo.
Em funcionamento desde 2013, a Arena Pernambuco deu prejuízo nos três anos. No primeiro, o repasse do Governo foi de R$ 29,7 mi. No ano seguinte esse valor baixou para R$ 24,4 mi.
De acordo com a assessoria do consócio gestor da Arena Pernambuco, o grupo não irá se posicionar sobre o estudo, por entender que o processo foi encomendado pelo Governo e não há motivos para ser analisado pela empresa.
– Como o estudo foi encomendado pelo governo e entregue ao governo, não há o que comentar – limitou-se a responder.