Michel Temer age para não perder comando do PMDB

Michel Temer age para não perder comando do PMDB

Hoje em dia – R7 

Com a proximidade da Convenção Nacional do PMDB, prevista para março, o vice-presidente Michel Temer desembarcou nesta terça-feira (5), em Brasília para tentar negociar a pacificação da bancada da legenda na Câmara e evitar que a disputa também contamine o processo para a sua recondução à presidência da legenda.

Temer ocupa o posto desde 2001 e sua recondução está ameaçada pelo PMDB do Senado. O presidente da Casa, Renan Calheiros (AL), o líder Eunício Oliveira (CE) e o senador Romero Jucá (RR) pretendem apresentar um nome para presidir o partido na convenção.

O vice-presidente tem defendido um entendimento na briga pela liderança da Câmara. “O Michel está acompanhando o processo. Não está interferindo diretamente”, afirmou à reportagem o deputado Osmar Terra (PMDB-RS), após falar por telefone com o vice-presidente.

Temer deve se encontrar nesta quarta-feira, 6, com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para discutir o assunto. A definição do líder da bancada da legenda, a maior da Câmara com 68 integrantes, deverá ocorrer em fevereiro. O vice-presidente busca o papel de apaziguador da disputa uma vez que ela envolve dois dos Estados com o maior número convencionais: Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Ezequiel Teixeira (PMB-RJ) secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado, abrindo o caminho para Nunes assumir como suplente na Câmara dos Deputados.

Apesar do posicionamento de Temer pela unidade partidária, a briga pelo comando da legenda na Câmara mantém-se acirrada mesmo durante o recesso parlamentar. Até o momento, a bancada de Minas não consegue chegar a um consenso sobre quem disputará com Picciani. Dois nomes brigam pela vaga.
As discussões entre Quintão e Newton Cardoso Júnior não se restringem aos bastidores nem às críticas a Picciani. Quintão diz que sua candidatura é “irreversível” e Cardoso Júnior afirma que o colega “queimou a largada”.

Os dois concordam apenas ao dizer que Picciani só pode ser reconduzido se conseguir apoio de dois terços da bancada, resolução acordada no início do ano passado. O deputado pelo Rio de Janeiro diz que o acordo não tem validade porque seus adversários se organizaram para destituí-lo antes do fim do prazo de sua liderança. “Eles não têm condições de cobrar acordo nenhum porque acabaram com qualquer possibilidade de acordo quando fizeram lista”, disse Picciani. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.