Após perder seus dois primeiros jogos da temporada, para Salgueiro e América, o Sport já acumula uma sequência de oito jogos de invencibilidade, com cinco vitórias e três empates. Um aproveitamento de 75% com 18 pontos conquistados no período. Muitos desses, obtidos após a equipe sair atrás do marcador. Foi assim nas vitórias de virada sobre Botafogo-PB, na estreia da Copa do Nordeste, e no clássico diante o Santa Cruz, pelo Campeonato Pernambucano, além das igualdades nos dois jogos contra o River-PI, pelo Regional, e no clássico do domingo frente o Náutico, pelo Estadual. O que dá duas visões sobre o mesmo fato.
Do lado positivo, há de se ressaltar o poder de reação da equipe, que após sair perdendo, conseguiu arrancar duas vitórias de virada e três igualdades. No entanto, uma análise mais negativa também mostrará a necessidade de um maior poder de concentração por parte da defesa. Até porque, nas cinco vezes em que precisou correr para reverter uma desvantagem, em quatro delas os rubro-negros foram vazados antes até os 15 minutos iniciais. A exceção ocorreu no clássico contra o Náutico, no último domingo. Mesmo assim, o gol alvirrubro foi marcado aos nove minutos do segundo tempo.
Vindo de uma maratona de jogos, o fato de correr para recuperar o resultado, por sinal, vem sendo lembrado pelo técnico Paulo Roberto Falcão. Apesar de elogiar o poder de reação da sua equipe, o comandante rubro-negro vem enfatizando que a necessidade de correr atrás de uma recuperação potencializa o desgaste do seu elenco. Tanto físico, quanto emocional. “O time sentiu o jogo contra o Náutico. Renê abafou algumas vezes (não subiu até a linha de fundo para atacar). É jogo em cima de jogo. Teve o clássico com o Santa Cruz, saímos para enfrentar o River, voltamos para o jogo com o Náutico, depois River de novo e Náutico de novo”, enumerou. Dos jogos citados por Falcão, apenas na vitória sobre o Timbu por 2 a 0, na Ilha, o seu time não começou atrás do marcador.
Olhando apenas pelo aspecto do poder de superação da equipe, pontos como experiência e frieza emocional são destacados pelos jogadores como primordiais para que a equipe não se abale quando se vê em desvantagem na partida. “Acho que é um sinal que psicologicamente quando tomamos um gol o nosso time não se abala”, disse o meia Gabriel Xavier. “Nosso grupo é bem experiente para não perder o foco da partida quando sai atrás. Até mesmo os nossos atletas mais jovens já têm uma boa bagagem profissional, são acostumados a grandes jogos por grandes equipes”, completou o goleiro Danilo Fernandes.
As viradas
Botafogo-PB 1×2 Sport
Sport 2×1 Santa Cruz
Os empates
River 2×2 Sport
Sport 2×2 River*
Náutico 1×1 Sport