A polícia concluiu o inquérito sobre a morte do violinista Jessé de Paula, que foi atingido por um trem do Metrô do Recife (Metrorec) no último dia 10 de março. Após dois meses de investigação, os policiais concluíram que a morte foi um acidente, porque o músico não respeitou o limite da faixa de segurança da plataforma do metrô. Os detalhes do inquérito foram apresentados nesta sexta-feira (15) pelo delegado de Afogados Humberto Ramos.
“Nós concluímos que o músico Jessé de Paula, usuário do metrô, quando se encontrava na estação Largo da Paz, teria descumprido uma norma de segurança do metrô, a faixa amarela que fica na plataforma. Ele ultrapassou a faixa amarela e se posicionou de forma que a composição o atingisse”, falou o delegado Humberto Ramos é titular da Delegacia de Afogados e comandou as investigações nos últimos dois meses. Por conta disso, ninguém será indiciado pela morte.
Segundo a polícia, a conclusão foi tomada com base na perícia do Instituto de Criminalística (IC). O documento afirma que Jessé havia ultrapassado a linha amarela de segurança da plataforma do metrô. Por isso, foi atingido na cabeça pelo retrovisor do trem. Depois da colisão, foi arremessado no chão da plataforma e morreu. Três dias depois do acidente, a polícia já havia revelado esta linha de investigação, através da divulgação das imagens da câmera de monitoramento do metrô que registrou a colisão.
Jessé morreu na estação Largo da Paz, no bairro de Afogados, Zona Oeste da capital pernambucana, na tarde de 10 de março. A câmera de segurança do local registrou o acidente de longe, mas mostra que o músico estava além do limite de segurança. Na ocasião, o delegado Humberto Ramos já havia afirmado que ele “estava na linha de trajetória da composição”, de costas para o trem e muito próximo da borda da plataforma. Mesmo assim, o delegado pediu que o IC aproximasse as imagens para que não restassem dúvidas sobre a causa da morte.
A morte do violinista causou comoção no Recife. O músico era bastante conhecido por tocar no metrô e nos ônibus da cidade. Ele havia estudado no Conservatório Pernambucano de Música, mas preferiu seguir a linha popular. Com o dinheiro arrecadado no transporte coletivo, ainda ajudava a mãe, que estava internada para fazer uma cirurgia no coração.