Em vários setores da economia, há reclamação: a população não tem dinheiro, muitos trabalhadores estão perdendo os empregos, a renda das famílias está diminuindo e a taxa de consumo também. Assim, as empresas também reduzem o faturamento e acabam demitindo funcionários. No entanto, como apresentou na manhã desta terça-feira (26), para a economista Tânia Bacelar, a população não deve se preocupar com com a conjuntura econômica do país.
Bacelar aponta que as pessoas ficam assustadas nos momentos de crise, mas o país já viveu momentos parecidos. “Em 1998, foram destruídos quase 600 mil empregos. Temos um momento de dificuldade, mas o Brasil já viveu dificuldades semelhantes e conseguiu sair”, relembra. Para a economista, a política de cortes e ajustes são desestimuladores da economia. “O governo precisava ter outro braço, que, enquanto ajusta, olha para o futuro”, pontua.
Para muita gente, o momento é de desespero, mas medidas simples podem ajudar a atravessar a crise com calma. Bacelar destaca que o povo deve diminuir o endividamento, evitar comprar a prazo, por causa da alta dos juros, e, se possível, fazer uma poupança. “As tendências mostram que o Brasil tem um vocação para o crescimento, e portanto, não é para se desesperar. Quem está com dificuldade deve administrar essa dificuldade”, afirma a economista.