O ousado plano de metas do presidente Alírio Moraes, apresentado no início de 2015 estimava o Santa Cruz entre os 8 primeiros da Copa do Brasil deste ano. Uma colocação que seria inédita na história coral. De volta ao torneio nacional após ausência na temporada passada, o Tricolor começa a caminhada rumo a este propósito às 21h45 desta quarta-feira, quando visita o Rio Branco-ES, em Cariacica. Antes de pensar em qualquer objetivo audacioso, porém, o time entra em campo, principalmente, para atenuar a pressão por bons resultados às vésperas de um jogo contra o Náutico, marcado para o próximo domingo – pelo Campeonato Pernambucano.
A cúpula e a comissão técnica do Santa Cruz tratam a Copa do Brasil com relevância para 2016. Para cumprir a promessa do presidente e também para ganhar dinheiro a cada passagem de fase no torneio, o que tiraria o clube do sufoco financeiro neste início de ano. Mas, ao mesmo tempo, os tricolores não escondem que já estão de olho no Náutico. Nesta noite, no Espírito Santo, o técnico Marcelo Martelotte não vai se furtar em escalar um time misto no estádio Kléber Andrade a fim de resguardar peças importantes do plantel para o Clássico das Emoções, no Arruda.
“A Copa do Brasil é importante, mas existe o jogo de volta para recuperar qualquer coisa que aconteça. O momento é de priorizar o clássico do final de semana”, destacou o treinador tricolor logo depois do revés de 3 a 0 sofrido para o Salgueiro, no último domingo, pelo Estadual. Esta derrota no Sertão, inclusive, pesou o ambiente no Arruda, eclipsado somente pela apresentação do experiente Léo Moura, cuja estreia deverá acontecer, justamente, contra o Náutico.
Aos atletas que irão jogar contra o Rio Branco, resta a atribuição de vencer. Se for por mais de dois gols de diferença, para eliminar a partida de volta, melhora ainda. Utilizando-se do discurso padrão de respeito ao adversário, eles não declaram abertamente que quere construir um triunfo mais elástico. “O intuito é voltar com a vitória. Independentemente, se for por 2 a 0 ou por 1 a 0 já vai ser um bom resultado”, declarou o zagueiro Neris.
Martelotte, por sua vez, entende os benefícios de matar o duelo no Arruda. Com competições simultâneas em disputa, o comandante tem se queixado da falta tempo para treinar e descansar os seus atletas. Obrigações com um segundo jogo frente à equipe capixaba, que seria em 6 de abril, não seria nada bem-vindas. Isso porque já que a data acabaria coincidindo com a semana de preparação para as fases eliminatórias da Copa do Nordeste e do Pernambucano.